segunda-feira, 23 de julho de 2018
IDEIAS PARA BRINCAR
“Brincadeira é coisa séria, pois brincando, a criança se expressa, interage, aprende a lidar com o mundo que a cerca e que forma sua personalidade, recriando situações do cotidiano. Desta maneira percebe-se a importância do brincar como forma da criança se expressar e desenvolver suas habilidades de criação, de relacionamento e de interação”
VAMOS BRINCAR? IDEIAS PARA CONSTRUIR BRINQUEDOS...
Parte do processo de conhecer o mundo acontece durante as brincadeiras. Nos momentos de lazer, as crianças têm a oportunidade de explorar o mundo real e imaginário, exercitar a criatividade, manifestar as emoções, aprender e se desenvolver. Neste momento, é importante oferecer brinquedos infantis que estimulam a imaginação e os brinquedos reciclados são ótimas opções!
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domingo, 15 de julho de 2018
Reflexão: Agosto, mês dos pais...
Certas convenções parecem estar tão enraizadas em nosso modo de ver a vida e de viver, que ficam inquestionáveis. Com a comemoração do Dia dos Pais não é diferente. Em todos os lugares onde presto algum tipo de colaboração, e também nas escolas, tornou-se uma espécie de obrigação criar algo especial para ser apresentado aos pais, e as crianças devem forçosamente confeccionar alguma lembrança para lhes dar de presente.
Sinceramente, isto tudo me parece muito mais uma satisfação das educadoras, para a coordenação das escolas e para as famílias das crianças, que uma atividade que reflete a realidade dos sentimentos de todos os envolvidos. Não estamos aqui defendendo nenhuma idéia do tipo "deviam parar com isto", "é só uma data comercial". Afinal de contas, existem muitos e muitos pais que realmente merecem e ficam sensibilizados pelas lembranças e homenagens que recebem.
Só que, este ano, descobri que não concordo com o modo como lidamos com estas datas. E fico pensando nas crianças: será que elas concordam? Será que elas realmente estão contentes com os pais que têm? Será que elas realmente diriam as palavras que são colocadas em sua boca para recitarem, se tivessem escolha?
Não vejo sentido em trabalhar datas comemorativas como esta, em sala, se não conhecemos a realidade dos alunos, se eles não têm chance de refletir e de perceber como realmente se sentem enquanto filhos. Onde está seu pai? Ele mora com você? Quando foi que o viu pela última vez? Do que vocês falam? Onde vão juntos? Costumam brincar? De quê?...
Uma amiga minha contava, na segunda-feira, que os seus dois filhos mais novos passaram o domingo em prantos, porque tiveram a tradicional comemoração e presentes da escola para os pais, as tais mensagens e poesias de comportamento paterno idealizado, mas o seu próprio pai além de não morar com elas, nunca as visita e, quando telefona, nem pergunta como estão passando. Para muitos adultos, também não deixa de ser um dia difícil.
E minha pergunta é: será nosso papel de educador acrescentar a estes alunos mais uma frustração, mais uma dor íntima, mais sentimento de rejeição do que elas já possuem? Ou será que somos tão superficiais em relação a este assunto porque temos medo de ver a realidade como é e de não sabermos o que fazer com ela?
Por que não aproveitamos que todos estão falando disso para procurar entender a relação com esta criatura que chamamos de pai? Por que não aproveitamos para enxergar o ser humano que ele é, em vez de recitar poesias sobre o que ele nunca foi e, talvez, nunca venha a ser? Por que não verificamos as nossas expectativas em relação ao nosso pai, para ver se elas são reais ou fantasiosas, se elas nos fazem bem ou nos fazem sofrer, se elas nos fazem caminhar ou parar num ciclo de auto-piedade, em que culpamos os outros pelo modo como nos sentimos desprestigiados, negligenciados e rejeitados?...
Nós precisamos compreender a paternidade além das convenções. Quem sabe, depois de algum tempo, nós realmente tenhamos, como produto da verdadeira reflexão de cada um e do aumento da percepção de si mesmo, poesias e mensagens que expressam, de verdade, nossos melhores sentimentos por nossos pais.
Quem sabe possamos aprender a aceitar nossos pais como são, descobrindo as suas virtudes, estabelecendo um relacionamento pai/filho onde a sinceridade seja base do afeto e do respeito, no lugar da tentativa de resolver projeções e frustrações de um em relação ao outro.(Rita Foelker)
Sinceramente, isto tudo me parece muito mais uma satisfação das educadoras, para a coordenação das escolas e para as famílias das crianças, que uma atividade que reflete a realidade dos sentimentos de todos os envolvidos. Não estamos aqui defendendo nenhuma idéia do tipo "deviam parar com isto", "é só uma data comercial". Afinal de contas, existem muitos e muitos pais que realmente merecem e ficam sensibilizados pelas lembranças e homenagens que recebem.
Só que, este ano, descobri que não concordo com o modo como lidamos com estas datas. E fico pensando nas crianças: será que elas concordam? Será que elas realmente estão contentes com os pais que têm? Será que elas realmente diriam as palavras que são colocadas em sua boca para recitarem, se tivessem escolha?
Não vejo sentido em trabalhar datas comemorativas como esta, em sala, se não conhecemos a realidade dos alunos, se eles não têm chance de refletir e de perceber como realmente se sentem enquanto filhos. Onde está seu pai? Ele mora com você? Quando foi que o viu pela última vez? Do que vocês falam? Onde vão juntos? Costumam brincar? De quê?...
Uma amiga minha contava, na segunda-feira, que os seus dois filhos mais novos passaram o domingo em prantos, porque tiveram a tradicional comemoração e presentes da escola para os pais, as tais mensagens e poesias de comportamento paterno idealizado, mas o seu próprio pai além de não morar com elas, nunca as visita e, quando telefona, nem pergunta como estão passando. Para muitos adultos, também não deixa de ser um dia difícil.
E minha pergunta é: será nosso papel de educador acrescentar a estes alunos mais uma frustração, mais uma dor íntima, mais sentimento de rejeição do que elas já possuem? Ou será que somos tão superficiais em relação a este assunto porque temos medo de ver a realidade como é e de não sabermos o que fazer com ela?
Por que não aproveitamos que todos estão falando disso para procurar entender a relação com esta criatura que chamamos de pai? Por que não aproveitamos para enxergar o ser humano que ele é, em vez de recitar poesias sobre o que ele nunca foi e, talvez, nunca venha a ser? Por que não verificamos as nossas expectativas em relação ao nosso pai, para ver se elas são reais ou fantasiosas, se elas nos fazem bem ou nos fazem sofrer, se elas nos fazem caminhar ou parar num ciclo de auto-piedade, em que culpamos os outros pelo modo como nos sentimos desprestigiados, negligenciados e rejeitados?...
Nós precisamos compreender a paternidade além das convenções. Quem sabe, depois de algum tempo, nós realmente tenhamos, como produto da verdadeira reflexão de cada um e do aumento da percepção de si mesmo, poesias e mensagens que expressam, de verdade, nossos melhores sentimentos por nossos pais.
Quem sabe possamos aprender a aceitar nossos pais como são, descobrindo as suas virtudes, estabelecendo um relacionamento pai/filho onde a sinceridade seja base do afeto e do respeito, no lugar da tentativa de resolver projeções e frustrações de um em relação ao outro.(Rita Foelker)
A COBRA BANGUELA...
MARIELA ERA UMA COBRA
COM MANIA DE SER GENTE
NÃO GOSTAVA NEM UM POUCO
DE SER SÓ SERPENTE.
FICAVA OLHANDO AS CRIANÇAS
BRINCANDO PELO QUINTAL
QUERIA SER UMA DELAS
MOSTRAR QUE ERA A TAL.
FAZENDO BOLAS ENORMES
COM SUA GOMA DE MASCAR
MARIELA, TODA PROSA,
SAÍA A PASSEAR.
NAS FESTAS DE ANIVERSÁRIO
IA TODA RADIANTE
COMIA UM BRIGADEIRO
TOMAVA REFRIGERANTE.
TAL QUAL ALGUMAS CRIANÇAS
NÃO CUIDAVA DE SEUS DENTES
NEM LEMBRAVA DA ESCOVA
QUE GANHARA DE PRESENTE.
UM DIA, ASSIM DE REPENTE
MARIELA DESCOBRIU
QUE UM DOS SEUS LINDOS DENTES
SEM MAIS NEM MENOS, CAIU.
E LOGO CAÍRAM OUTROS
DEIXANDO A NOSSA MARIELA
SEM PODER MORDER MAIS NADA:
ERA UMA COBRA BANGUELA...
[Guido Heleno]
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