sexta-feira, 18 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
LUTO INFANTIL
Muitos adultos acreditam que a criança não entende nada sobre a morte e deve ser poupada de saber que alguém próxima a ela faleceu. Entretanto, é provável que esta mesma criança já tenha visto um inseto morrer, perdido algum bicho de estimação ou assista alguma cena de morte em desenhos ou noticiários. Quando a criança perde uma pessoa querida de sua família como pai, mãe , irmão ou irmã, avós, ela fica triste, confusa. Ocorre que esta mesma morte é sofrida por seus familiares, que doloridos, estão sem condições de manter a intensidade de cuidado e atenção que antes dirigiam a ela. O importante é que, passado este momento de crise, ela volte a sentir-se segura e bem cuidada. Pode ocorrer que, nas semanas seguintes a perda, as crianças sintam grande tristeza ou sigam acreditando que o familiar que morreu permanece vivo. Se, no entanto, evitar mostrar tristeza ou persistir a longo prazo negando a morte de seu familiar querido poderá vir a ter sérios problemas no futuro. A raiva após a morte de alguém essencial para a segurança da criança é uma reação esperada que pode se manifestar através de comportamento irritadiço, pesadelos, medos ou agressão dirigida aos familiares sobreviventes. De qualquer maneira, sabemos que a reação da criança ao luto está bastante relacionada a forma que os pais ou pai sobrevivente e outros parentes abordarão esta questão com ela nas semanas e meses que sucederão a perda. Quando o adulto oculta dela a verdade sobre a morte, pode deixá-la confusa e desamparada pois possivelmente perceba que algo aconteceu e que todos estão agindo de forma diferente. Deixe a criança a vontade para exprimir os seus sentimentos.Não devemos obrigá-la a ir ao enterro ou velório caso ela esteja assustada. Poderá futuramente encontrar outras maneiras de se despedir e recordar através de fotos, rezas,etc...Caso ela manifeste desejo de participar do velório ou enterro, informe-a sobre o que verá, explique a razão de estarem ali, deixando-a livre para perguntar e para ficar o tempo que desejar. O fato é mesmo a criança que não sofreu perdas necessita do adulto para falar sobre a morte e esclarecer suas dúvidas. Converse com ela procurando ser o mais honesto possível. Falar em céu ou que o morto foi viajar ou dormiu, pode criar a falsa expectativa de que regressará, dificultando o entendimento da perda como algo definitivo.Além disso, temos que ter o cuidado de respeitar o seu tempo para compreender a morte, levando em consideração o seu desenvolvimento cognitivo. Crianças pré-escolares acreditam que a morte seja temporária e reversível, tal como acontece em muitos desenhos animados nos quais os personagens morrem e voltam a viver. Entre cinco e nove anos a morte é percebida como irreversível, mas não como algo natural e universal. Crianças que encontram-se neste grupo`não conseguem imaginar que elas ou alguma pessoa conhecida possa morrer. A morte é vista como algo distante, que só ocorre com os outros, a menos que haja uma perda de alguém muito próximo. Somente entre nove e dez anos a morte passa a ser percebida como uma interrupção das atividades dentro do corpo, que faz parte da vida, que é natural. Mesmo que a criança seja pequena e só entenda posteriormente, não devemos negar que todos iremos morrer algum dia e que é natural ficarmos tristes nestes momentos. Procure utilizar palavras simples e experiências que lhe são familiares. Depois, aguarde que a criança demostre novamente vontade de falar sobre este assunto. Outros sinais de sofrimento podem ser manifestados pela criança quando perde alguém importante, como perda de interesse por suas atividades, insônia, medos, manifestação de comportamento correspondente a uma idade anterior, isolamento, dificuldade escolar, imitação do morto. Se ela apresentar algum destes sintomas, e este persistir, procure a orientação de um especialista. (Tutomania)
sexta-feira, 4 de junho de 2010
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